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quinta-feira, 28 de julho de 2011

ATIVIDADES REALIZADAS NA ESCOLA MUNICIPAL FLORENTINO FIRMINO DE ALMEIDA EM SANTO ANTONIO DE JESUS

Atividades desenvolvidas pelos alunos da EJA  de 2009

Assistindo palestra sobre arte e cultura com Mazinho "O homem do Chapéu"




artesanato feito pelos alunos

palestra com a vice Diretora Silene


                                                Entrega de prêmios

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ESPELHO


O que você acha de bom nos outros está bom também em você, os defeitos que você encontra nos outros são os seus defeitos também.

Afinal, para reconhecer algo, você tem que conhecê-lo.

As potencialidades que você vê nos outros, são possíveis também para você.
Veja o melhor nos outros, e você será uma pessoa melhor.

Doe aos outros e estará doando a si mesmo, aprecie a beleza e você será belo.
Admire a criatividade e você será criativo, ame e você será amado, procure compreender e será compreendido, ouça e sua voz será ouvida, ensine e você aprenderá.

Mostre ao espelho sua melhor face, e você ficará feliz com o que ele vai lhe mostrar. Que você sempre possa se orgulhar da sua imagem refletida no espelho da vida.

Sorria para o espelho da vida!
(AUTOR DESCONHECIDO)

MÁSCARA

 
"Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para atrair o outro e logo decubro que só atraio a outros mascarados distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara. Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não me podem querer pelo que sou, senão pela máscara. Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e sim, da máscara. Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara. Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas." Gilbert Brenson Lazan

TEXTO DE PABLO NERUDA

TEXTO DE PABLO NERUDA


Morre lentamente quem não viaja,quem não lê ,quem não ouve musica,quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destroi o seu amor proprio ,quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito ,repetindo todos os dias o mesmo trajeto,quem não muda de marca , não se arrisca a vestir uma nova cor , ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televião o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o branco,e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos,corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho , quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incedssante

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo , não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo
que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

SOMENTE A PERSEVERANÇA FARÁ COM QUE CONQUISTEMOS UM ESTÁGIO ESPLENDIDO DE FELICIDADE.

Pablo Neruda

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes

PROVÉRBIOS

Provérbio Italiano)
“Ao término do jogo, o rei e o peão voltam                                                                    
 para a mesma caixa.”
(Provérbio Árabe)
“Quem estuda e não pratica  o que aprendeu,
é como o homem que lavra e não semeia”
Provérbio Árabe)   
“A árvore quando está sendo  cortada,
 observa com tristeza  que o cabo do machado é de madeira.”
(Provérbio Árabe)
“Quando as armas  estão prontas, o bom senso vai-se embora.” 
(Provérbio Africano)
Ninguém  experimenta a profundidade de um rio   com os  dois pés.”
(Provérbio Chinês)
“Ser pedra é fácil, difícil, é ser vidraça.”
(Provérbio Japonês)
“Pouco se aprende com a vitória,
mas muito com a derrota.” 
(Provérbio Japonês)
“Tropeçamos sempre nas  pedras pequenas, as grandes
 logo enxergamos.”
PROVÉRBIO BRASILEIRO
 - Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não lêem.
 (Mário Quintana)


HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL 2

1.1  PERIODO REPUBLICANO ATÉ OS DIAS ATUAIS:

Segundo CUNHA (1999), com o desenvolvimento industrial, no início do século XX, inicia-se um processo lento, mas crescente, de valorização da educação de adultos. Porém, essa preocupação trazia pontos de vista diferentes em relação à educação de adultos, que eram: a valorização do domínio da língua falada e escrita, visando o domínio das técnicas de produção; a aquisição da leitura e da escrita como instrumento da ascensão social; a alfabetização de adultos vista como meio de progresso do país; a valorização da alfabetização de adultos para ampliação da base de votos.                                                           
Entre as várias mobilizações, surgiu o método de desanalfabetização, desenvolvido por Abner de Brito, que propunha alfabetizar os adultos em sete lições. Havia uma disposição de vários segmentos da sociedade de mudar o quadro "vergonhoso", visando a estabilidade da República. Todo o empenho para alfabetizar os adultos não evitou as críticas, como a de Carneiro Leão, que considerava a alfabetização uma arma perigosa, que poderia aumentar o que ele considerava anarquia social. A partir de 1940, começou-se a detectar altos índices de analfabetismo no país, o que acarretou a decisão do governo no sentido de criar um fundo destinado à alfabetização da população adulta analfabeta.                                                           
Em 1945, com o final da ditadura de Vargas, iniciou-se um movimento de fortalecimento dos princípios democráticos no país. Com a criação da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), ocorreu, então, por parte desta, a solicitação aos países integrantes (e entre eles, o Brasil) de se educar os adultos analfabetos. Devido a isso, em 1947, o governo lançou a 1ª Campanha de Educação de Adultos, propondo: alfabetização dos adultos do país em três meses, oferecimento de um curso primário em duas etapas de sete meses, a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário.   
Abriu-se, então, a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil. Nessa época, o analfabetismo era visto como causa (e não como efeito) do escasso desenvolvimento brasileiro. Além disso, o adulto analfabeto era identificado como elemento incapaz e marginal psicológica e socialmente, submetido à menoridade econômica, política e jurídica, não podendo, então, votar ou ser votado (CUNHA, 1999).                                                                                                   
Segundo SOARES (1996), essa 1ª Campanha foi lançada por dois motivos: o primeiro era o momento pós-guerra que vivia o mundo, que fez com que a ONU fizesse uma série de recomendações aos países, entre estas ter um olhar específico para a educação de adultos. O segundo motivo foi o fim do Estado Novo, que trazia um processo de redemocratização, que gerava a necessidade de ampliação do contingente de eleitores no país. Ainda, no momento do lançamento dessa 1ª Campanha, a Associação de Professores do Ensino Noturno e o Departamento de Educação preparavam o 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos.                                                                                                                                
 O Ministério, então, convocou dois representantes de cada Estado para participarem do Congresso. O SEA (Serviço de Educação de Adultos do MEC), a partir daí, elaborou e enviou, para discussões, aos SEAs estaduais, um conjunto de publicações sobre o tema. As concepções presentes nessas publicações, segundo SOARES (1996), eram: o investimento na educação como solução para problemas da sociedade; o alfabetizador identificado como missionário; o analfabeto visto como causa da pobreza; o ensino de adultos como tarefa fácil; a não necessidade de formação específica; a não necessidade de remuneração, devido à valorização do “voluntariado”.                                                                                       
A partir daí, então, iniciou-se um processo de mobilização nacional no sentido de se discutir a educação de jovens e adultos no país. De certa forma, portanto, embora a campanha não tenha tido sucesso, conseguiu alguns bons resultados, no que se refere a essa visão preconceituosa, que foi sendo superada a partir das discussões que foram ocorrendo sobre o processo de educação de adultos. Diversas pesquisas, então, foram sendo desenvolvidas e algumas teorias da psicologia foram, gradativamente, desmentindo a idéia de incapacidade de aprendizagem designada ao educando adulto.                                                              Os movimentos de educação e cultura popular nas décadas de 50 e 60, em sua grande maioria foram inspirados em Freire, utilizando seu método, que propunha uma educação dialógica que valorizasse a cultura popular e a utilização de temas geradores. Esses movimentos procuravam a conscientização, participação e transformação social, por entenderem que o analfabetismo é gerado por uma sociedade injusta e não igualitária. Em 1963, Freire integrou o grupo para a elaboração do Plano Nacional de Alfabetização junto ao Ministério da Educação, que reduziu a alfabetização ao processo de aprender a desenhar o nome. O Governo importou um modelo de alfabetização de adultos dos Estados Unidos, de caráter evangélico: a Cruzada ABC.                                                                
Porém, em 1964, com o Golpe Militar, deu-se uma ruptura nesse trabalho de alfabetização, já que a conscientização proposta por Freire passou a ser vista como ameaça à ordem instalada. A partir daí, deu-se o exílio de Freire e o início da realização de programas de alfabetização de adultos assistencialistas e conservadores. Dentro desse contexto, em 1967, o Governo assumiu o controle da alfabetização de adultos, com a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), voltado para a população de 15 a 30 anos, objetivando a alfabetização funcional – aquisição de técnicas elementares de leitura, escrita e cálculo.
Com isso, as orientações metodológicas e os materiais didáticos esvaziaram-se de todo sentido crítico e problematizador proposto anteriormente por Freire (CUNHA, 1999). Na década de 70, ocorreu, então, a expansão do MOBRAL, em termos territoriais e de continuidade, iniciando-se uma proposta de educação integrada, que objetivava a conclusão do antigo curso primário. Paralelamente, porém, alguns grupos que atuavam na educação popular continuaram a alfabetização de adultos dentro da linha mais criativa. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB 5692/71, implantou-se o Ensino Supletivo, sendo dedicado um capítulo específico para a EJA. Esta Lei limitou o dever do Estado à faixa etária dos 7 aos 14 anos, mas reconheceu a educação de adultos como um direito de cidadania, o que pode ser considerado um avanço para a área da EJA no país.
Em 1974, o MEC propôs a implantação dos Centros de Estudos Supletivos (CES), que se organizavam com o trinômio tempo, custo e efetividade. Devido à época vivida pelo país, de inúmeros acordos com o MEC (Ministério da Educação e Cultura), estes cursos oferecidos foram fortemente influenciados pelo tecnicismo, adotando-se os módulos instrucionais, o atendimento individualizado, a auto-instrução e a argüição em duas etapas - modular e semestral. Como conseqüências, ocorreram, então, a evasão, o individualismo, o pragmatismo e a certificação rápida e superficial (SOARES, 1996). Nos anos 80, com a abertura política, as experiências paralelas de alfabetização, desenvolvidas dentro de um formato mais crítico, ganharam corpo. Surgiram os projetos de pós alfabetização, que propunham um avanço na linguagem escrita e nas operações matemáticas básicas.
Em 1985, o MOBRAL foi extinto e surgiu, em seu lugar, a Fundação EDUCAR, que abriu mão de executar diretamente os projetos e passou a apoiar financeira e tecnicamente as iniciativas existentes. De acordo com CUNHA (1999), a década de 80 foi marcada pela difusão das pesquisas sobre língua escrita com reflexos positivos na alfabetização de adultos. Em 1988, foi promulgada a Constituição, que ampliou o dever do Estado para com a EJA, garantindo o ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos.                                   
        Nos anos 90, o desafio da EJA passou a ser o estabelecimento políticas e metodologias criativas, com a universalização do ensino fundamental de qualidade. Em nível internacional, ocorreu um crescente reconhecimento da importância da EJA para o fortalecimento da cidadania e da formação cultural da população, devido às conferências organizadas pela UNESCO, criada pela ONU e responsabilizada por incrementar a educação nos países em desenvolvimento. Esta, então, chamou uma discussão nacional sobre o assunto, envolvendo delegações de todo o país. A partir dessa mobilização nacional, foram organizados os Fóruns Estaduais de EJA, que vêm se expandindo em todo o país.
Em 1996 foi lançado o PAS - Programa de Alfabetização Solidária - polêmico por utilizar práticas superadas, como o assistencialismo. Em 1998, com o objetivo de atender às populações nas áreas de assentamento, foi fundado o Pronera - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - e, em 2003, o governo Lula lançou o programa Brasil Alfabetizado, que dá ênfase ao voluntariado, apostando na mobilização da sociedade para resolver o problema do analfabetismo. Neste programa está inserido o TOPA no estado da Bahia. Observa-se claramente que as políticas para o combate ao analfabetismo e a educação de jovens e adultos, em plenos anos 90, ainda se valem de ações que nos passado levaram ao fracasso os programas implantados.
       O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em reconhecer o direito do jovem/adulto de ser sujeito; mudar radicalmente a maneira como a EJA é concebida e praticada. Buscar novas metodologias, considerando os interesses dos jovens e adultos; pensar novas formas da EJA articuladas com o mundo do trabalho; investir seriamente na formação de educadores; e renovar o currículo – interdisciplinar e transversal, entre outras ações, de forma que este passe a constituir um direito, e não um favor prestado em função da disposição dos governos, da sociedade ou dos empresários.
       A Educação de Jovens e Adultos - EJA está prevista na LDB 9.424/1996 e classificada como parte integrante da Educação Básica, portanto deve ser encarada com o mesmo compromisso presente no ensino fundamental, uma vez que se encarrega de reparar as desigualdades causadas àqueles alunos evadidos do ensino regular. Hoje é notável a expansão da educação básica, e há um quantitativo de vagas cada vez mais crescente a fim de  fazer  jus  ao  princípio  da  obrigatoriedade  “toda  criança  na  escola”. Entretanto, as condições sociais adversas acabam condicionando o sucesso de muitos alunos.
A média nacional de permanência na escola no período obrigatório é  de  oito  anos,  todavia  a realidade  se  estende  até  os  11  anos  em  média,  e  muitos  alunos  permanecem  no  Ensino Fundamental, quando já deveriam estar cursando o Ensino Médio. As expressões mais claras desta realidade são a repetência, a reprovação, e principalmente, a evasão.  Ambas promovem a manutenção da distorção idade e ano escolar retardando o acerto no fluxo escolar que continua a reproduzir excluídos. Neste contexto perverso a Educação de Jovens e Adultos em muitos casos se constitui na única alternativa de inclusão social para os alunos que já estão fora do sistema de ensino.